quarta-feira, 22 de julho de 2009

Eu havia adormecido...só uns poucos minutos.Parecia ter sido horas...horas.O suficiente para o meu rosto ficar ardendo pelo sol.Acordei e não me reconhecia. Não sabia nem onde estava, até que ao fundo eu ouvi uns gritos...De gaivota! Isso, eram gaivotas.Olhei para o lado pra ver se você estava e vi somente o livro que você estava lendo. Ninguém leva Proust para ler na praia. Certo que fomos em busca do tempo perdido.Sim, estávamos assim...meses que não separávamos um tempo pra gente e a gente precisava de...
Então vi o seu livro aberto, vi seus óculos escuros, seus chinelos, sua bolsa.Tudo teu, exceto você. Queria te mostrar aquelas duas gaivotas loucas que brigavam feito gente, feito a gente. Podia até imaginar o que elas diziam uma para a outra.Ri, me diverti sozinho.Imaginei eu, imaginei você...os dois, discutindo até qual caminho é o melhor pra chegar em casa. Estamos sempre certos! Estamos sempre errados!
Então chamei seu nome e parecia estar tudo deserto...Chamei seu nome várias vezes e ele foi batendo nas ondas, nas rochas, na areia quente...
Chamei tanto seu nome que até os gritos das gaivotas pareciam chamar por ele também, depois fiquei rouco, minha garganta doeu e fiquei mudo. Depois me lembrei daquela correnteza, que disseram no hotel pra gente tomar cuidado...

4 comentários:

Victor Noronha disse...

uau! sou fâ do seu blog! estava ancioso por um texto novo, várias vezes voltei aqui mas só encontrava a melancia(seu último post)!
abração

sopro, vento, ventania disse...

Jonasssssssssssssssss!
Que saudades de seu texto, de você.
Muito bom o texto.
Beijos.
Cynthia

Aline Miranda disse...

ah não...... o mar!

sopro, vento, ventania disse...

Jonas, queridoooooooooooo, saudades, e agora de volta, adicionando você, pra poder visitar você sempre que tiver filho novo seu nascendo, bolo novo seu assando, cria nova sua brilhando.
BJS.
Cynthia