quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Me lembro de quando a gente era criança. Sim.Criança. E parece que foi ontem. E a gente amadureceu assim, bem depressa. E com isso veio junto um monte de coisa. Um monte de coisa que acompanha esse amadurecimento. Coisas que crescem como erva daninha junto das sementes que plantamos na nossa horta. Não queria amadurecer. Queria continuar inocente contigo e contigo comigo mesmo contendo. A nossa inocência intocada. Nossas mandíbulas fora do lugar de tanto rir. Nossos olhares sempre cumplices.
Estou feliz contigo e acredito que contigo comigo também. As coisas vão saindo mesmo das linhas, e tudo se transforma numa nova pintura, que a gente nunca sabe o que vai dar, que a gente nunca sabe o que vai representar. Ceci n'est pas une pipe.
Pensando bem, ainda possuimos a nossa inocência. Pós-conhecimento, pós-muita-experiência. E sim, amadurecemos. Com toda a carga positiva ou negativa que essa palavra concreta fisicaliza em nossa vida.
Vivo feliz contigo e isso é o que mais importa. E digo isso sem dedos. Sem cabelos. Sem pele nenhuma no corpo. De alma e de todo coração.

Um comentário:

Aline Miranda disse...

e é preciso doses diárias de mandíbulas doloridas de tanto riso para que alimentemos as crianças que amadureceram em nós =]